O Setor de autopeças está preocupado com a aceleração da produção de carros elétricos, ante
previsões como as da Volkswagen, que pretende lançar 30 modelos movidos puramente a
bateria até 2025. Grandes grupos de fornecedores de peças e componentes preveem redução
nos pedidos de equipamentos tradicionais, provocando uma possível redução do número de
empregos no setor que podem ser compensados por novos postos de trabalho relacionados à
eletromobilidade, caso haja planejamento para o processo de transição.
As mudanças são expressivas pois dependendo de como é projetado, um carro elétrico pode
dispensar equipamentos tradicionais indispensáveis nos modelos com motor a combustão,
como por exemplo a caixa de câmbio e no caso do uso de múltiplos motores, montados junto às
rodas o diferencial pode ser eliminado, com sua função executada por um comando eletrônico.
Outro componente afetado é o sistema de freios, devido à necessidade de recuperação de
energia nas desacelerações. Direções hidráulicas devem ser substituídas por sistemas
totalmente elétricos, bombas de óleo e de água praticamente desaparecem.
Especialistas acreditam que as vendas totais de híbridos, plug-ins e elétricos puros começarão
a subir rapidamente devido a vários fatores, entre eles a decisão da Agência de Proteção
Ambiental, de manter as regras que exigem que os novos veículos atinjam uma média de
consumo de 54,5 mpg (23,08 km/l) em 2025.
Dezenas de fabricantes, de marcas de volume anunciaram seus planos para EVs de grande
autonomia no ano passado. A consultoria IHS Automotive prevê que as vendas de EVs puros
poderão alcançar 3 milhões até 2025, e algumas indústrias acreditam que possam ser até o
dobro.
Não há dúvidas de que a propulsão com energia elétrica é o futuro da indústria automotiva e
que híbridos e elétricos terão destaque no cenário mundial, desta forma, é imprescindível que
o setor de autopeças esteja informado e preparado para enfrentar os novos desafios.